Surdos

ESTUDANTES SURDOS

O Censo MEC/INEP (2020, p. 7) define a surdez como:

icone acessibilidade Consiste em impedimentos permanentes de natureza auditiva, ou seja, na perda total (surdez) da audição que, em interação com barreiras comunicacionais e atitudinais, podem impedir a plena participação e aprendizagem do aluno.icone acessibilidade

Diante de tal especificidade, sugerimos ao docente que, ao receber a lista da sua turma, confira a indicação de alunos com deficiência que são atendidos pela DACES/UnB. No Portal do Docente do SIGAA, é possível verificar se na sua turma está matriculado algum estudante com deficiência e/ou necessidade educacional específica, atendido pela DACES/DAC.

Para acessar o parecer do estudante no SIGAA, acesse o Portal do docente; clique no componente curricular (disciplina); para entrar na turma virtual, acesse o Menu Turma Virtual > Turma > Participantes >; no lado direito do nome do(a) aluno(a) com NEE, constará um ícone do NEE. Clique no ícone icone acessibilidadepara visualizar o parecer acerca das Necessidades Educacionais Específicas do(a) aluno(a). Isso facilitará o contato inicial com o aluno.

Antes de o semestre começar, informe ao estudante acerca da plataforma virtual que será utilizada na disciplina e o link ou a chave de acesso;

icone acessibilidadeDisponibilize o material da disciplina (plano de ensino, material didático, vídeos, slides, etc.),
com antecedência, para o estudante. Destacamos que, se possível, inclua imagens explicativas nos materiais didáticos e organize as atividades de forma intuitiva e que sejam compreensíveis, visualmente.

icone acessibilidadeOrganize o conteúdo na plataforma, em ordem cronológica e por aulas; e disponibilize as orientações da disciplina em  e em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

icone acessibilidadeAo utilizar recursos audiovisuais nas aulas (filmes, vídeos, documentários, dentre outros), verificar se eles possuem  ou tradução para Libras. Caso não tenha, apresentar com antecedência a demanda para a DACES/DAC, ou para a equipe de acessibilidade do CEAD/DEG, que fará o encaminhamento à Secretaria de Acessibilidade1, onde estão os Tradutores e Intérpretes de Língua de Sinais (TILS).

icone acessibilidadeDisponibilizar videoaulas gravadas previamente em Libras para auxiliar os estudantes surdos na compreensão do conteúdo.

icone acessibilidadeDurante a aula síncrona, e em aulas pré-gravadas, deixe sua tela em destaque, no momento da exposição; fale de forma clara e bem articulada, a fim de favorecer a , por parte dos estudantes surdos que se utilizam dessa técnica.

icone acessibilidadeAssim que identificar um estudante surdo em sua turma, ao iniciar o semestre letivo, verifique qual a equipe TILS acompanhará o aluno. Este contato pode ser feito junto ao Instituto de Letras (IL/ UnB), pelo e-mail tils.unb@gmail.com, para promover a acessibilidade comunicacional aos estudantes.

icone acessibilidadeÉ importante promover um encontro com a equipe de TILS para que se organize a estrutura das aulas, de acordo com a necessidade linguística do aluno e a forma da língua. Apresente à equipe os exemplos que são exclusivamente orais, para que juntos possam encontrar opções visuais para o aluno.

icone acessibilidadeViabilize o apoio de um tutor (estudante que está cursando ou que já cursou a disciplina), que tenha, no mínimo, cursado Libras Básico e Intermediário, conforme demanda do estudante.

icone acessibilidadeAo elaborar a atividade avaliativa da disciplina, considere a adoção de critérios de avaliação que
reconheçam a singularidade linguística do estudante surdo — Libras como primeira língua; e língua portuguesa na modalidade escrita, como segunda língua. Os enunciados deverão ser claros, curtos e objetivos. As provas poderão, também, ser realizadas
em Libras.

icone acessibilidadeAo realizar as atividades avaliativas, é preciso garantir, ao estudante, o tempo adicional, conforme estabelece a Resolução CAD n° 50/2019, que institui a Política de Acessibilidade da UnB (Art. 17).

1 O conteúdo em Libras deve ser solicitado para a Secretaria de Acessibilidade (ACES) pelo e-mail: tils.unb@gmail.com e por processo SEI para ACES pelo documento de SOLICITAÇÃO DE TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE LIBRAS-PORTUGUÊS.

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA

De acordo com o Decreto 5.626/2005 e com a Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira da Inclusão), o direito à educação é garantia básica de todo cidadão e dever do Estado.

No caso das pessoas Surdas, essa legislação garante o direito à Educação Bilíngue, na qual a Língua Brasileira de Sinais é tratada como Primeira Língua e a Língua Portuguesa é tratada, em sua modalidade escrita, como Segunda Língua. Para essas pessoas, o uso do Português na modalidade oral é uma opção, não uma obrigatoriedade.

Mas por que você precisa saber disso?

Porque seu estudante pode apresentar algumas dificuldades com a Língua Portuguesa. O fato de ele estar rodeado de pessoas que utilizam o português constante e diariamente não significa que ele esteja exposto a essa língua. Assim, ele não adquire o português de forma natural, como os ouvintes, e isso interfere na compreensão e produção escritas também.

O decreto e a Lei acima citados também determinam que os estudantes têm direito a avaliações que levem em conta sua singularidade linguística. Dessa forma, nas avaliações e nas atividades, é importante que o professor leve em consideração o conteúdo, acima da forma e da escrita do português. Caso seja necessário, um intérprete pode auxiliar com a tradução e a interpretação de situações que envolvem o par linguístico Libras/Português.

LEGENDAGEM

Legenda para surdos e ensurdecidos possui uma estrutura peculiar. Não são todos os programas que se adaptam a essa forma. Contudo você professor, pode legendar seus filmes a partir de alguns programas, vamos conhecer um deles?

Veja o vídeo! Clicando aqui.

LEITURA LABIAL

Você conhece a Leitura Labial? Sabe quem precisa ou utiliza esta técnica?

A Leitura Labial é uma ferramenta utilizada principalmente por pessoas com Deficiência Auditiva e que são oralizadas, pessoas que utilizam a Língua Portuguesa como principal forma de comunicação. É uma técnica na qual a pessoa realiza a percepção e o reconhecimento do que está sendo dito ou falado através dos movimentos orofaciais realizados pelo falante.

Para que a leitura labial se torne eficaz é importante seguir algumas dicas:

  • Fale sempre em ritmo normal, um pouco mais lento, mas sem perder a naturalidade. Nem muito rápido, nem muito devagar! Você pode também interagir com o estudante deficiente auditivo e verificar se o ritmo está bom;
  • Articule as palavras naturalmente, sem exageros ou extrapolações. Respire, faça pausas, é importante para a compreensão.
  • Fale de forma clara e sem nenhum tipo de adereço ou adorno que possa obstruir a visão, como máscaras, bigodes muito grandes, batons com cores muito vibrantes e chamativas, etc. Esse tipo de adorno é como uma poluição visual, que interfere na compreensão e na leitura;
  • Não precisa aumentar o volume da fala. Não grite! Fale em tom normal;
  • Outro aspecto importantíssimo é que se deve falar sempre de frente para o interlocutor ou a câmera, para que o campo de visão seja completo, sem cortes. Nunca vire de lado, dê as costas ou fale cobrindo a boca com a mão ou com algum objeto;
  • A iluminação do ambiente deve ser levada em consideração! Certifique-se de que o ambiente está claro o suficiente;
  • Por fim, a comunicação é importante. Nunca deixe de se comunicar com o estudante e realize adaptações durante o semestre, caso seja necessário.
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