Avaliação da Aprendizagem
Profa. Dra. Danielle Xabregas Pamplona Nogueira
Faculdade de Educação – Departamento de Planejamento e Administração/UnB
Vamos refletir acerca da avaliação da aprendizagem em novos contextos de ensino e aprendizagem. A questão aponta para dois desafios: o primeiro, propor atividades avaliativas, e o segundo, com o uso das TIC.
As funções da avaliação no contexto escolar.
Diagnóstica: busca informações de uma dada realidade, ao início de um processo educacional, e, a partir de seus resultados, direciona objetivos.
O que o aluno conhece sobre a temática?
O que ele precisa complementar?
Formativa: ocorre ao longo do processo educacional e busca levantar informações relativas ao distanciamento ou aproximação do alcance dos objetivos educacionais. Trata-se de importante função para que o aluno possa se situar em seu processo formativo, ao mesmo tempo, em que permite que o educador promova intervenções pedagógicas que auxiliem o percurso do educando até o resultado esperado.
O que o aluno aprendeu até agora?
São necessárias novas estratégias de ensino para esse aluno?
Somativa: serve para verificar se o objetivo educacional foi alcançado ao final do processo educacional.
O que o aluno aprendeu?
O objetivo educacional foi alcançado?
Para cada uma dessas funções, o professor pode lançar mão de ferramentas tecnológicas para realizar atividades avaliativas.
Testes ou Questionários
Crie questionários com questões fechadas e abertas, podendo inserir feedbacks automáticos ao longo do processo de resposta ou somente ao final.
Tutorial | Link | |
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Tutorial Moodle: O que é Banco de Questões | Clique aqui | |
Tutorial Moodle: Criando Categorias para a atividade Questionário | Clique aqui | |
Tutorial Moodle: Criando questão do tipo Verdadeiro e Falso para a atividade de questionário | Clique aqui | |
Tutorial Moodle: Criando questão do tipo Múltipla Escolha para a atividade de questionário | Clique aqui | |
Tutorial Moodle: Criando questão do tipo Dissertativa para a atividade de questionário | Clique aqui | |
Tutorial Moodle: Criando questão do tipo Associação para a atividade de questionário | Clique aqui | |
Tutorial Moodle: Criar e configurar a atividade de questionário | Clique aqui | |
Tutorial Moodle: Inserindo e configurando as questões na atividade de questionário | Clique aqui |
Atividades avaliativas com uso das TDIC
Tutorial | Link | |
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Google Forms | Clique aqui | |
Microsoft Forms | Clique aqui | |
App Prova Fácil | Clique aqui |
Resenhas, Estudo de caso, Relatórios, Artigos e produções textuais em geral: essas atividades demandam ferramentas em que o aluno possa fazer upload de arquivos.
Ferramenta | Tutorial |
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Google Classroom: Atividades | Clique aqui |
Recurso Moodle: Tarefa | Clique aqui |
Atividades gamificadas e interativas: jogos e quizzes podem promover maior engajamento dos alunos de forma interativa e prazerosa. Essas atividades podem ser individuais ou em equipes.
Ferramenta | Tutorial |
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Kahoot | Clique aqui |
Mentimeter | Clique aqui |
Atividades colaborativas
São marcadas pela possibilidade de compartilhamento e construção coletiva. O grupo assume papel ativo no processo de aprendizagem enquanto o professor se apresenta como mediador desse processo de construção. Seminários também podem ser realizados por meio de ferramentas que permitam comunicação síncrona (webconferências).
Ferramenta | Tutorial |
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Fórum de discussão: Recurso Moodle Fórum (tutorial Moodle) | Clique aqui |
Textos, Planilhas e Apresentações colaborativas:
Ferramenta | Tutorial |
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Compartilhamento de arquivos: Google Drive | Saiba Mais |
OneDrive | Saiba Mais |
Editores online: Documentos, Planilhas e Apresentações Google | Saiba Mais |
Recurso Moodle: Wiki | Saiba Mais |
Webconferência (Experimentações nas videoconferências on-line) | Saiba Mais |
Webquest
Possibilita atividade orientada à pesquisa ou à resolução de problemas. São várias as possibilidades de disponibilizar uma webquest. Em qualquer uma delas, o importante é seguir os elementos constituintes de uma webquest.
Cliqueaqui para ler o texto “WebQuest: como organizar uma atividade significativa de pesquisa”.
Mapa Mental: atividades que requerem sínteses, esquemas, relações entre diferentes elementos podem ser bem aplicadas com o uso de ferramentas de criação de mapas mentais.
Ferramenta | Tutorial |
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Goconqr | Clique aqui |
Recomendações pedagógicas para atividades avaliativas com o uso de TIC
- Certifique-se de que os seus alunos têm acesso à ferramenta proposta.
Ao selecionar a ferramenta para ser utilizada, verifique se todos os seus alunos conseguem acessá-la e operá-la com o mínimo de limitações aceitáveis. Eles não podem ter o seu desempenho prejudicado se o meio escolhido não os favoreceu.
- Certifique-se de que a ferramenta ou atividade é adequada para avaliar o alcance do objetivo educacional.
O mais importante da atividade é a sua relação com o objetivo educacional ou o que se espera do aluno. Ao selecionar a atividade ou a ferramenta, avalie, com muita precisão, se ela conseguirá, de fato, auxiliá-lo a avaliar o objetivo proposto.
- Faça testes da atividade antes de aplicar para turma.
Verifique se a atividade está funcionando corretamente e se está fazendo todos os registros de respostas e pontuações.
- Disponibilize orientações bastante claras para o aluno.
Antes de dar as orientações referentes à atividade avaliativa, disponibilize orientações de como utilizar a ferramenta, para que o aluno se sinta seguro em relação ao contato com a tecnologia.
- Forneça feedbacks significativos para o aluno.
O feedback é um elemento fundamental para o processo de aprendizagem do aluno, além de reforçar a presença do professor por meio da tecnologia, promovendo a mediação, a orientação, a motivação e a interação.
Em atividades que utilizem questões de múltipla escolha, verdadeiro ou falso, relacionar colunas e similares, cada alternativa “incorreta” deve ter uma justificativa, a qual aparecerá na forma de feedback automático, indicado as razões que justificam a alternativa errada. Evite comentários genéricos e que não permitam que o aluno tenha consciência do seu erro, se for o caso, e o transforme em oportunidade de aprendizagem, tal como: “Resposta errada. Tente novamente”. Além de indicar o que está errado na alternativa, o feedback pode recomendar leituras ou acesso a materiais que auxiliem o aluno a compreender melhor a temática e autorregular parte de sua aprendizagem.
Segundo Mory (2004), feedback pode ser descrito como qualquer procedimento ou comunicação realizada para informar o aprendiz sobre a acuidade de sua resposta, geralmente relacionada a uma pergunta instrucional. Ele também pode permitir que o aprendiz compare sua performance atual com a padrão ou a esperada. Em instrução assistida por computador, feedback é a informação apresentada ao aprendiz logo após qualquer insumo com o propósito de modelar suas percepções. (Abreu e Lima e Alves, 2011, p. 191).
Para atividades que exigem feedbacks mais individualizados, como por exemplo: artigos ou relatórios, podemos seguir as orientações de Abreu e Lima e Alves (2011) referentes a algumas estruturas de feedback.
A Escada de feedback
Alguns exemplos de tipos de feedback que propiciam a reflexão do estudante, em quatro etapas:
Esclarecer
O professor, nesta etapa, inicia o diálogo de orientação com perguntas sobre pontos que não estão claros ou parecem ausentes, antes de dar o feedback sobre o que foi feito propriamente. Exemplos de questionamentos: “Quando você disse … você queria dizer … ou …?”, “Pelo que pude compreender, você explicitou que …, não foi? Corrija-me se estiver enganado…”.
Valorizar
Após reunir as informações apropriadas, é fundamental que o professor expresse o seu apreço pelas ideias de seu estudante, para que este sinta sua opinião valorizada. Essa valorização cria uma cultura de confiança e compreensão, deixando o estudante aberto ao que irá ser dito posteriormente e ajuda-o a identificar suas próprias potencialidades que, por vezes, ele mesmo não reconhece. Além disso, enfatizar os pontos positivos no trabalho, apontar as potencialidades e oferecer um elogio honesto (sem exageros) mostra o quanto o educador está atento ao processo de aprendizagem do estudante.
Questionar
Frequentemente, o professor pode encontrar problemas ou discordar das ideias ou opiniões presentes no texto do estudante. Esta etapa é o momento mais apropriado para levantar tais questões, mas não com acusações ou com críticas, e sim com pensamentos honestos e preocupações a respeito do assunto. Exemplos de frases interacionais: “Você já considerou…?”, “Pensei sobre isto e percebi que…”, “Talvez você tenha pensado sobre isto, mas…”, “Te convido a refletir sobre…”.
Sugerir
No último degrau da Escada de feedback, para ajudar o estudante em seu processo de aprendizagem, é recomendável que o professor faça as suas sugestões de melhoria ou de solução ao problema identificado no trabalho, estimulando o estudante a ir além do proposto.
Saiba mais sobre feedback em: Periódicos Unicamp
Seja qual for o meio tecnológico, a perspectiva de avaliação e a estratégia de feedback, o mais relevante é ter em conta que qualquer processo avaliativo deve considerar, sobretudo, os objetivos e as intencionalidades formativas, estabelecendo instrumentos, indicadores e condições assim favoráveis.